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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Resumo do livro:
POR UM NOVO ENSINO DE GRAMÁTICA: ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS E SUGESTÕES DE ATIVIDADES: ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR - LÍNGUA PORTUGUESA. (ELÍSIA PAIXÃO DE CAMPOS)

Capítulo 4: A sintaxe da oração

No início desse capítulo estudaremos três procedimentos didáticos que o professor deve seguir para que seus alunos reflitam mais facilmente sobre os usos da língua e a sistematizar os conhecimentos gramaticais adquiridos.
O primeiro procedimento consiste em eleger o texto como unidade linguística de referência para o estudo língua, mesmo quando o fato gramatical for interno à oração. Portanto o professor deve demonstrar  aos alunos o texto como uma unidade linguística que deve ocupar a posição central nas atividades de um ensino que visa tornar o aluno competente em leitura e escrita de textos.
O segundo procedimento didático à ser destacado é a unificação das abordagens dos mecanismos sintáticos que são recorrentes entre diferentes unidades linguísticas, facilitando para os alunos a sistematização dos conhecimentos gramaticais,  a a partir disso é bom estudar a transitividade das palavra, e a elipse de termos oracionais, que afeta não só o sujeito da oração.
O terceiro procedimento que o professor deve seguir consiste em definir conteúdos de aprendizagem que realmente revelam compreensão dos mecanismos de organização e de funcionamento do sistema gramatical da língua, esse estudo pretende revelar nos alunos uma crítica sobre a língua.
Sobre as compreensões básicas sobre sintaxe é preciso levar aos alunos um estudo primeiramente com grupos de palavras soltas, para que eles as organizem em frases e assim possam compreender que as palavras se relacionem em uma frase ou texto. Até mesmo a classificação das palavras utiliza o seu comportamento sintático na frase como um critério de classificação ,como os substantivo ao adjetivo, que se assemelham do ponto de vista morfológico porque apresentam de modo geral as mesmas variações de gênero e número.
Os alunos, assim como todo falante da língua, tem um conhecimento inconsciente a respeito das partes em que se pode dividir uma frase. Nessa intuição dos alunos e em sua capacidade Apoiando-se nessa intuição nessa intuição dos alunos e em sua capacidade de perceber como as palavras se relacionam uma com as outras, o professor deve ensiná-los a distinguir os grupos de palavras que, no interior das frases formam unidades menores de sentido.
Após o ensino é necessário que eles pratiquem o que aprenderam fazendo as divisões das frases, e se houver entre os alunos dúvidas quanto uma ou outra divisão apresentada, o professor deve aproveitar para mostrar-lhes que é possível utilizar recursos da própria língua para testar a validade das respostas.
Nos livros didáticos e nas gramáticas, a distinção que quase sempre introduz as considerações sobre sintaxe que se faz entre frase e oração. Dois critérios são aí utilizados, um semântico e outro formal: se a sequência de palavras constitui uma unidade de sentido completo na interação, chama-se frase, se é organizada num verbo chama-se oração.
Com o objetivo de levar os alunos a conhecerem as estruturas oracionais mais típicas da língua, o professor pode explicar as propriedades formais e sintáticas de uma palavra, suas flexões de tempo, número e pessoa, sua posição central na oração, e sobre suas propriedades semânticas, ações, processos e estados.  O professor pode pegar como exemplo o verbo acordar, e trabalhar como eles a diferença entre ação (o que alguém faz) e processo (o que acontece).
É importante levar os alunos a perceberem que a transitividade ou intransitividade dos verbos não é uma qualidade absoluta incondicional. Isso quer dizer que um mesmo verbo pode ser transitivo ou intransitivo, depende da frase em que está inserido. O professor pode pegar um texto e pedir aos alunos que encontrem verbos transitivos e intransitivos, esse processo de aprendizagem também serve para os outros tipos de verbos, transitivos diretos, transitivos  indiretos, transitivos diretos e indiretos e verbos de ligação.
Cabe ao professor mostrar para os alunos que, assim como é pequeno o número de verbos de ligação em língua portuguesa, assim também alguns poucos verbos transitivos admitem um predicativo para seu complemento.
Durante o desenvolvimento das atividades dedicadas ao aprendizado do verbo e SUS complementos, é interessante que o professor trabalhe na possibilidade de alternância, no eixo paradigmático, de SNse pronomes pessoais nos papéis sintáticos de sujeito e complemento verbal,com o objetivo de fazer com que  os alunos atentem para os limites e extensões dos SNs e para as variações dos pronomes pessoais nessa funções, eles devem se dar conta de que os pronomes pessoais são as únicas palavras que mudam completamente sua forma lexical conforme a função sintática que está desempenhando. É interessante que os alunos percebam que o emprego dos pronomes pessoais e a elipse das palavras, dois dos mecanismos de coesão, participam da organização estrutural do texto.
Explica-se que um verbo está na voz passiva quando o sofre a ação verbal. Uma oração na voz ativa e sua correspondente na passiva estão sempre se confrontando, por exemplo, o sujeito agente da voz ativa se torna complemento na voz passiva, e passa a se chamar agente da passiva, o objeto direto da ativa se torna na passiva, o sujeito paciente, e o verbo passa ser conjugado com o auxílio do verbo ser, formando uma locução verbal.
Caso o professor queira refletir sobre os vários recursos da língua portuguesa para indeterminar ou omitir o agente a ação verbal , pode desenvolver com eles um a série de atividades, levando em conta o ponto de vista sintático que leva em conta a estrutura da oração, e o ponto de vista semântico que considera os significados das palavras, o sentido da oração.  O primeiro observa como se diz algo, o segundo o que é dito.
Os verbos transitivos diretos se relacionam necessariamente com dois sintagmas nominais, um indica o agente e o outro o paciente da ação verbal. A respeito dos verbos transitivos diretos, eles possuem três características sintáticas: exigem um SN complemento subordinado a els de forma direta, sem o auxílio da preposição, seu complemento pode ser substituídos pelos pronomes pessoais oblíquos e admitem voz passiva.
É importante ensinar esses temas aos alunos para que eles valorizem a língua padrão como um bem comum a todos os falantes, mostrando aos alunos que o sue aprendizado não é só garantia de acesso a todos os bens culturais, literários e científicos, escritos na modalidade culta da língua, como também é condição essencial para o fortalecimento dos laços que nos unem como nação.


  



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