Resumo do livro:
POR UM NOVO ENSINO DE GRAMÁTICA:
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS E SUGESTÕES DE ATIVIDADES: ANOS FINAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL REGULAR - LÍNGUA PORTUGUESA. (ELÍSIA PAIXÃO DE CAMPOS)
Capítulo 4: A sintaxe da oração
No início desse capítulo estudaremos três procedimentos
didáticos que o professor deve seguir para que seus alunos reflitam mais
facilmente sobre os usos da língua e a sistematizar os conhecimentos
gramaticais adquiridos.
O primeiro procedimento consiste em eleger o texto como
unidade linguística de referência para o estudo língua, mesmo quando o fato
gramatical for interno à oração. Portanto o professor deve demonstrar aos alunos o texto como uma unidade linguística
que deve ocupar a posição central nas atividades de um ensino que visa tornar o
aluno competente em leitura e escrita de textos.
O segundo procedimento didático à ser destacado é a
unificação das abordagens dos mecanismos sintáticos que são recorrentes entre
diferentes unidades linguísticas, facilitando para os alunos a sistematização
dos conhecimentos gramaticais, a a partir
disso é bom estudar a transitividade das palavra, e a elipse de termos oracionais,
que afeta não só o sujeito da oração.
O terceiro procedimento que o professor deve seguir consiste
em definir conteúdos de aprendizagem que realmente revelam compreensão dos
mecanismos de organização e de funcionamento do sistema gramatical da língua,
esse estudo pretende revelar nos alunos uma crítica sobre a língua.
Sobre as compreensões básicas sobre sintaxe é preciso levar
aos alunos um estudo primeiramente com grupos de palavras soltas, para que eles
as organizem em frases e assim possam compreender que as palavras se relacionem
em uma frase ou texto. Até mesmo a classificação das palavras utiliza o seu
comportamento sintático na frase como um critério de classificação ,como os
substantivo ao adjetivo, que se assemelham do ponto de vista morfológico porque
apresentam de modo geral as mesmas variações de gênero e número.
Os alunos, assim como todo falante da língua, tem um
conhecimento inconsciente a respeito das partes em que se pode dividir uma
frase. Nessa intuição dos alunos e em sua capacidade Apoiando-se nessa intuição
nessa intuição dos alunos e em sua capacidade de perceber como as palavras se relacionam
uma com as outras, o professor deve ensiná-los a distinguir os grupos de
palavras que, no interior das frases formam unidades menores de sentido.
Após o ensino é necessário que eles pratiquem o que
aprenderam fazendo as divisões das frases, e se houver entre os alunos dúvidas quanto
uma ou outra divisão apresentada, o professor deve aproveitar para mostrar-lhes
que é possível utilizar recursos da própria língua para testar a validade das
respostas.
Nos livros didáticos e nas gramáticas, a distinção que quase
sempre introduz as considerações sobre sintaxe que se faz entre frase e oração.
Dois critérios são aí utilizados, um semântico e outro formal: se a sequência
de palavras constitui uma unidade de sentido completo na interação, chama-se
frase, se é organizada num verbo chama-se oração.
Com o objetivo de levar os alunos a conhecerem as estruturas
oracionais mais típicas da língua, o professor pode explicar as propriedades
formais e sintáticas de uma palavra, suas flexões de tempo, número e pessoa,
sua posição central na oração, e sobre suas propriedades semânticas, ações,
processos e estados. O professor pode pegar
como exemplo o verbo acordar, e trabalhar como eles a diferença entre ação (o
que alguém faz) e processo (o que acontece).
É importante levar os alunos a perceberem que a
transitividade ou intransitividade dos verbos não é uma qualidade absoluta
incondicional. Isso quer dizer que um mesmo verbo pode ser transitivo ou
intransitivo, depende da frase em que está inserido. O professor pode pegar um
texto e pedir aos alunos que encontrem verbos transitivos e intransitivos, esse
processo de aprendizagem também serve para os outros tipos de verbos,
transitivos diretos, transitivos indiretos, transitivos diretos e indiretos e
verbos de ligação.
Cabe ao professor mostrar para os alunos que, assim como é
pequeno o número de verbos de ligação em língua portuguesa, assim também alguns
poucos verbos transitivos admitem um predicativo para seu complemento.
Durante o desenvolvimento das atividades dedicadas ao aprendizado
do verbo e SUS complementos, é interessante que o professor trabalhe na
possibilidade de alternância, no eixo paradigmático, de SNse pronomes pessoais
nos papéis sintáticos de sujeito e complemento verbal,com o objetivo de fazer
com que os alunos atentem para os
limites e extensões dos SNs e para as variações dos pronomes pessoais nessa
funções, eles devem se dar conta de que os pronomes pessoais são as únicas
palavras que mudam completamente sua forma lexical conforme a função sintática
que está desempenhando. É interessante que os alunos percebam que o emprego dos
pronomes pessoais e a elipse das palavras, dois dos mecanismos de coesão, participam
da organização estrutural do texto.
Explica-se que um verbo está na voz passiva quando o sofre a
ação verbal. Uma oração na voz ativa e sua correspondente na passiva estão sempre
se confrontando, por exemplo, o sujeito agente da voz ativa se torna
complemento na voz passiva, e passa a se chamar agente da passiva, o objeto
direto da ativa se torna na passiva, o sujeito paciente, e o verbo passa ser
conjugado com o auxílio do verbo ser, formando uma locução verbal.
Caso o professor queira refletir sobre os vários recursos da
língua portuguesa para indeterminar ou omitir o agente a ação verbal , pode
desenvolver com eles um a série de atividades, levando em conta o ponto de
vista sintático que leva em conta a estrutura da oração, e o ponto de vista
semântico que considera os significados das palavras, o sentido da oração. O primeiro observa como se diz algo, o
segundo o que é dito.
Os verbos transitivos diretos se relacionam necessariamente
com dois sintagmas nominais, um indica o agente e o outro o paciente da ação
verbal. A respeito dos verbos transitivos diretos, eles possuem três características
sintáticas: exigem um SN complemento subordinado a els de forma direta, sem o
auxílio da preposição, seu complemento pode ser substituídos pelos pronomes pessoais
oblíquos e admitem voz passiva.
É importante ensinar esses temas aos alunos para que eles valorizem
a língua padrão como um bem comum a todos os falantes, mostrando aos alunos que
o sue aprendizado não é só garantia de acesso a todos os bens culturais,
literários e científicos, escritos na modalidade culta da língua, como também é
condição essencial para o fortalecimento dos laços que nos unem como nação.
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