MORFOSSINTAXE APLICADA À LÍNGUA PORTUGUESA SAUTCHUK, Inez. Prática de Morfossintaxe. Como o por que aprender análise (morfo)sintática. São Paulo: Manole, 2004
Em português o emprego das vírgulas é realizado em função da sintaxe de construção das frases e da colocação de termos integrantes, acessórios e essenciais das orações,não se aplicando por motivos "sonoros". Apenas as pausas sintático - semânticas tem correspondência no sistema escrito do português.
A ordem SVC em nossa língua não deve ser separada por vírgula. Deve-se utilizar a vírgula somente quando "um elemento estranho" (termo acessório) é colocado entre esse padrão ou antes dele.
Exemplos:
E, além disso, as circunstâncias são outras.
S V C
Meu filho, quase
sempre à tarde, estuda
piano.
S V C
Dado o sinal, todos saíram, apressados,
da sala de aula.
S V C
Conteúdo dos Slides da Disciplina: MORFOSSINTAXE APLIC. LING. PORT. PROFESSORA: Ilka
O USO CORRETO DA VÍRGULA
• É realizado em função da sintaxe de
construção das frases e da colocação de:
a)termos essenciais (SUJEITO E PREDICADO)
b)Termos integrantes (OBJETOS E COMPLEMENTOS)
c)Termos acessórios (ADJUNTOS, APOSTO,
VOCATIVO)
São marcadas por VÍRGULA = as pausas
sintático-semânticas (elas tem correspondência no sistema escrito do português)
As pausas respiratórias não
tem correspondência no sistema escrito do português.
Obs.: Em Português o SVC não podem ser separados por vírgulas (ordem
não marcada melodicamente)
• Somente quando um elemento estranho (TERMO
ACESSÓRIO) é colocado entre o padrão SVC, ou antes dele, essa colocação é (DEVE SER)
marcada melodicamente por meio de vírgula(s).
•
(273) E, ALÉM DISSO, AS CIRCUNSTÂNCIAS ATUAIS SÃO OUTRAS.
(274) Meu filho, quase sempre à tarde,
estuda piano.
S
V C
•Mesmo diante de casos de construção mais
complexa, com períodos compostos e um nº maior de conectores, um olhar mais
atento sob o ponto de vista sintático ajuda bastante encontrar a POSIÇÃO DAS VÍRGULAS. (p.154)
•
(279) Mas, mesmo depois de tanta promessa por parte da
escola os alunos continuaram a não ter aulas de física, perdendo tempo e energia à
toa
PARA FINALIZAR
•INCORRETO:
Meu amigo de Floripa, venceu o concurso.
Vários integrantes daquela comitiva, solicitaram reembolso.
Sei que você prometeu à sua mãe, fazer academia.
EXERCÍCIOS
DE APLICAÇÃO V (p.155)
1.Coloque a vírgula onde for necessário
(identifique antes o SVC, invertido, ou não)
a) OS CANDIDATOS MAIS PREPARADOS PARA
PARTICIPAR DO CONCURSO DE INGRESSO AO MAGISTÉRIO PÚBLICO NÃO FIZERAM A
INSCRIÇÃO PELA INTERNET
b) A guerra que se faz nos últimos tempos
contra o cigarro acabará sendo vencedora.
c) Também serão atingidos quer queiram ou não
os transmissores de alta frequência.
d) Encaminho a V.Sa. um trabalho de pequena extensão.
e) Mas segundo o que se comenta ele foi mesmo
contrariado à reunião de equipe.
• Usa-se a
vírgula principalmente nestes casos:
• Para separar palavras ou orações de
mesma função sintática.
Ex.:
• Minha casa tem quatro dormitórios, dois
banheiros, três
salas e bom quintal.
• A inflação reduz o consumo, a produção, o incentivo dos empresários e a oferta de emprego.
• As flores murcham, os palácios caem, os impérios
desintegram-se.
Só as palavras sábias permanecem.
• Não há obrigatoriedade de usar a conjunção e entre a última e a
penúltima palavras.
• 2)
Para separar os vocativos.
Ex.:
• O tempo não é, meu amigo, aquilo que você
pensou.
• Senhor, eu desejaria saber quem foi o imbecil que inventou o
beijo.
• Amigos, não há amigos.
•
OBSERVAÇÃO:
•Neste caso, a vírgula pode ser substituída com vantagem
pelo ponto de exclamação, se a intenção é dar ênfase ao vocativo. Ex.:
•Oh! Meu bem! Eu te amo tanto!
•Deus! Ó Deus! Onde estás que não
respondes? (Castro Alves)
•Para separar o aposto de um termo
fundamental. Ex.:
•Brasília, capital da República, foi fundada em 1960.
•O brasileiro, um assíduo tomador de café, ainda não tem acesso
a um
•produto de boa qualidade.
•O espetáculo da beleza talvez baste para adormecer em
nós,
tristes mortais,
todas as dores.
•IMPORTANTE:
•O aposto de especificação não vem separado por vírgula.
Ex.: o rio Tietê, a palavra saudade, etc.
• Para separar certas palavras e
expressões interpositivas: por exemplo,
• porém, ou melhor, ou antes, isto é, por
assim dizer, além disso, aliás, com efeito, então, outrossim, pois, assim,
entretanto, todavia, etc.
Ex.:
• Eles gritavam. Eu, porém, nem me incomodava.
• Eles gastaram R$500.000,00, isto é, tudo que tinham.
• Quer dizer que você, então, não foi mais à República Tcheca?
• O ditador que era muito respeitado, ou
antes, muito temido.
• Ficamos, assim, livres da vergonha de sermos chamados
trogloditas.
•OBSERVAÇÕES:
•Tais
palavras não são necessariamente interpositivas. O autor da frase é
•que
determina a situação de cada uma.
•Quando
anunciam uma enumeração, as expressões isto é, por exemplo, bem como, tais
como, etc. requerem dois-
pontos depois delas.
•Para separar adjunto adverbial, quando a ele se quer dar
•ênfase.
Ex.:
•Casaram-se
às nove horas. Duas horas depois, estavam separados.
•Em um naufrágio, quem está só ajuda-se mais facilmente.
•A
boca é,
nas mulheres, a
feição que menos nos esquece.
•Observe
no trecho abaixo as palavras em destaque:
•Hoje o
céu e a terra me sorriram; hoje recebi o sol no fundo da minhalma
•Hoje eu
a vi, e ela olhou para mim.
•Hoje,
acredito em Deus.
•virtude
de o autor desejara ali maior ênfase.
•Para separar orações coordenadas
assindéticas.
Ex.:
•O tempo não para no porto, não apita na curva, não espera ninguém.
•Todas as horas ferem, a derradeira mata.
•Nascemos nas lágrimas, vivemos no sofrimento, morremos na dor.
•7) Antes de toda as conjunções
coordenativas
(exceto e e nem). Ex.:
• A beleza empolga
a vista,
mas o mérito conquista a
alma.
•O lago está na minha fazenda,
por conseguinte
me pertence.
•Não chore, que será pior!
•Ou fosse do cansaço, ou do livro, antes de chegar ao fim da segunda
•página, adormeci também. (Machado de Assis)
•8) Antes de não antecedido de mas
subentendido:
•Os lobos mudam seu pelo, não seu coração.
•( = os lobos mudam seu pelo, mas
não seu coração)
•Na discussão você ganha ou perde amigos,
não argumentos.
•IMPORTANTE:
•Frases semelhantes podem aparecer com a conjunção e clara,
•equivalente de mas.
•Quando conhecemos uma pessoa, conhecemos-lhe os olhos, e não o
•coração.
•O horizonte está nos olhos, e não na realidade.
•Ela fuma, e não traga.
•9) Para separar orações iniciadas pela
conjunção e, quando os
•sujeitos forem diferentes. Ex.:
•Tirai do mundo a mulher, e a ambição desaparecerá de todas as almas
•generosas.
•A mulher aceita o homem por amor ao casamento, e o homem tolera o
•matrimônio por amor à mulher.
•Quantas vezes uma vírgula modifica uma sentença, e uma palavra pode
•destruir uma grande e velha amizade.
•10) Antes de ou e de nem, quando
empregados enfaticamente, em
•frases do tipo:
•Afinal, quem manda aqui sou eu, ou são vocês?
•Você está procurando uma casa, ou um palacete?
•Não vais com ele, nem muito menos comigo.
•Não saio de casa com essa chuva,
nem morto.
•11) Antes de e e nem
repetidos, quer por ênfase, quer por
•enumeração. Ex.:
•Ele fez o céu, e a terra, e o mar, e tudo quanto há neles.
•Ora, o brasileiro que não é formoso,
nem espirituoso,
nem elegante,
•nem extraordinário – é um trabalhador.
•IMPORTANTE:
•A
conjunção nem dispensa a vírgula
quando liga orações, palavras ou
•expressões
de pequena extensão. Ex.:
•Em
instante crítico não grite nem desespere!
•Não
conheço Piraçununga nem Iguaçu.
•Sendo
outra a extensão, todavia:
•O
pai não permitia que as filhas ficassem à janela, nem que saíssem à rua.
•b)
Em casos de enumeração, a vírgula aparece entre o último
•elemento
e o sujeito. Ex.:
•Maçãs,
peras, bananas, uvas, eram frutas proibidas em casa.
•Por
alguns minutos, o cenário, os cantos, as figuras, recrearam-me os
•olhos
e os ouvidos. (Viriato Correia)
•Quando, porém, um pronome (ninguém,
tudo, nada, etc.) resume todos
•os sujeitos, não se emprega a vírgula. Ex.:
•Nem eu, nem você, nem ela, nem as crianças, nem ninguém
conseguirá
•dormir aqui, com tantos pernilongos!•Num sujeito composto em que não se usa a conjunção e, a vírgula
•também é obrigatória entre o último sujeito e o verbo.
Ex.:
•Mau curso primário, mau curso secundário, produzem mau candidato à universidade.
•Psicólogos, sociólogos, antropólogos, foram chamados a opinar sobre o
assunto.
•12) Para separar do nome da obra, autos
de processo, etc., a
•página ou qualquer indicação. Ex.:
•Nossa gramática – teoria e prática, 29ª edição, pág. 416.
•13) Para separar do nome do autor, o da
obra. Ex.:
•Luiz Antonio Sacconi, Nossa gramática.
•Mário Palmério, Vila dos confins.
•14) Para separar o nome da localidade,
nas datas. Ex.:
•Salvador, 1º de novembro de 1983.
•
Teresina, 21 de março de 1967.
•15) Para separar termos ou orações que, deslocados, quebram
uma sequência
sintática. Ex.:
•Comunicamos-lhes
que, a
partir desta data,
atenderemos em novo
•endereço.
•O
ministro,
segundo recomendações médica, deve permanecer em
•repouso
absoluto.
•As
viúvas inconsoláveis, quando são jovens, acham sempre alguém
•que
as console.
•Sejamos
sinceros, porém, evitemos empregar com demasiado rigor a
•franqueza
que,
muito embora seja uma bela virtude, poderá tornar-se mais prejudicial do que benéfica.
•OBSERVAÇÃO:
•Em
caso de deslocação, fundamental é perceber que um elo foi
•quebrado
em desta forma, fazer que o termo ou oração fique entre vírgulas. Não basta
usar uma só vírgula, antes ou depois, prática que não permitirá a retomada do
elo natural.
•16) Para separar orações adverbiais e
substantivas quando antepostas à principal. Ex.:
•Embora estivesse muito cansado, compareci à reunião.
•Se tudo correr bem, iremos a Madri ano
que vem.
•Como isso pôde acontecer, ninguém sabe.
•Que venham todos, é preciso: estou
muito doente.
•IMPORTANTE:
•Com exceção das comparativas e conformativas, todas as
orações
•adverbiais vêm separadas por vírgula. Ex.:
•Ajuda-me agora, para que te auxilie depois!
•O ar poluído das grandes cidades, como São Paulo, corrói a vida das
pessoas,
embora algumas não o perceberam em curto prazo.
•O prefeito declarou à imprensa que não entende o motivo
do êxodo dos paulistanos para o interior, embora saiba que todo ser humano
possui pulmões...
•Falou com tanto desembaraço,
que a todos entusiasmou.
•Abri a porta, a fim de que eles pudessem entrar.•As orações substantivas só vêm separadas por vírgula
quando
•antepostas à principal. Na ordem normal, teremos,
portanto, as frases vistas:
•Ninguém sabe como isso pôde acontecer.
•É preciso que venham todos: estou muito doente.
•17) Para separar orações reduzidas de gerúndio, de particípio
e de infinitivo.
Ex.:
•Chegando o diretor, avise-me imediatamente!
•Terminada a conferência, foi nos oferecido um jantar.
•18)Para isolar orações adjetivas explicativas. Ex.:
•Brasília,
que é a capital do Brasil, foi fundada em 1960.
•A
beleza,
que é a fonte do amor, é
também a fonte das maiores
•desgraças
deste mundo.
•OBSERVAÇÃO:
•Convém
usar a vírgula depois de oração adjetiva restritiva,
•principalmente
quando os verbos se seguem um ao outro. Ex.:
•Um
sentimento que
precisamos desenvolver no coração da
•mocidade brasileira, é o do patriotismo.
•No
amor, a mulher que dá o
retrato, promete o original.
•O
homem que
ri, vive mais.
•19)Para
separar adjetivos que exercem função predicativa. Ex.:
•Sereno e tranqüilo, caminhou o condenado à forca.
•Não
esperava que ele, inteligente e culto, dissesse tamanha
•asneira!
•A
mulher saiu em desabalada carreira, desesperada.
•20)Para separar objetos pleonásticos ou termos repetidos.
Ex.:
•Amigos sinceros, já não os há.
•Mulheres, mulheres, mulheres, quantas mulheres!
•OBSERVAÇÃO:
•Omite-se
a vírgula quando não se deseja dar ênfase ao objeto. Ex:
•As rosas fê-las Deus para as mãos
pequeninas. (Guerra Junqueiro)
•A vida
leva-a o vento. (João de Deus)
•Procede-se
da mesma forma quando o objeto é representado por pronome oblíquo tônico.
Assim, por exemplo:
•A mim me
acusam de vagabundo!
•A ti te
chamam de preguiçoso!
•21)Para separar termos deslocados de
sua posição normal na oração. Ex.:
• As laranjas, você chegou a
comprar?
•De mim, elas gostam?
•OBSERVAÇÃO:
•Às vezes a transposição de termos é tão violenta, que,
não usada a
•vírgula, o sentido fica visivelmente prejudicado:
•O grito e os gemidos eram ouvidos a boa distância,
dos feridos.
•Um cãozinho tinha o Luís, fofinho e peludinho.
•A grita se alevanta ao céu, da gente. (Camões)
•22)Para indicar a omissão de uma
palavra (geralmente verbo), ou de um grupo de palavras. Ex.:
•Carmem ficou alegre; eu, muito triste. (= eu fiquei)
•Um anjo, essa menina. (= um anjo é)
•Um escândalo, essa declaração. (=
um escândalo foi)
•23)Para separar orações principais e
coordenadas do tipo:
•Um homem é um homem, sabe você, amigo Atanásio.(C.C.
Branco)
•A ausência prolongada, digam o que quiserem, é prejudicial às mais
estreitas amizades. (Julio Dantas)
•Nossas exportações, dizia o ministro, aumentaram
consideravelmente no ano que passou.
•Neste caso, em vez da vírgula pode ser usado o
travessão, mormente quando se deseja pausa maior que aquela indicada pela
vírgula.
•24)Para destacar palavras ou expressões isoladas. Ex.:
•Ação,
não palavras, é
o de que precisamos.
•Um
bom partido,
não um bom marido,
era o que ela esperava.
•25)Antes da abreviatura etc. Ex.:
•Comprei
maçãs, peras, abacates, laranjas, etc.
•Falamos
de política, futebol, lazer, etc.
•Estiveram
na festa Luísa,
Juçara, Cassilda, etc.
•IMPORTANTE:
•a)Em
rigor, é inconcebível o uso da vírgula antes do etc., pois esta abreviatura
significa e
outras coisas.
O Pequeno Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (PVOLP) traz a pontuação
no final de todos os parágrafos, induzindo-nos à mesma prática. Não são poucos
os que desconhecem o PVOLP; daí encontrarmos a referida abreviatura sem a
competente e necessária vírgula anteposta até em compêndios que versam sobre
língua portuguesa.
•b)
Injustificado seria o uso dessa mesma abreviatura em referências a pessoas,
pelo próprio significado que encerra (e outras coisas). Nada obstante, é
possível usá-la, ainda que seja esse o caso.
•26)Para separar palavras repetidas que
têm função superlativa.
Ex.:
•Os namorados passaram por mim juntinhos,
juntinhos!
•A parede da casa era branquinha, branquinha!•27)Para separar os elementos paralelos
de um provérbio.
Ex.:
•Tal pai, tal filho.
•A pai muito ganhador, filho muito gastador.
•Longe dos olhos, longe do coração.
•28)Depois do sim e do não usados como respostas, no início da
frase. Ex.:
•Sim, vou a Piraçunnunga.
•Não, não vou a Moji das Cruzes.
•IMPORTANTE:
•a)Vem separado por vírgulas o sim de frases semelhantes
a estas:
•Eu não sei se o Brasil vai poder pagar a dívida externa;
sei,
sim, que eu não vou
pagar.
•b)Quando se diz Sim, senhor e Não,
senhor, a vírgula não
significa pausa na fala.
•C) Constitui erro imperdoável o emprego da vírgula entre
o sujeito e o verbo, ou entre o verbo e o complemento, ou entre um núcleo e
adjunto. Ex.:
•“Luís, mereceu o prêmio.
•Você quer” tomar, vinho”?
•A “mulher, do meu vizinho” foi à feira.
•Quando, porém se deseja pausa expressiva entre o sujeito
e o verbo, a vírgula representará essa pausa. Ex.:
•Aquela, era a minha
oportunidade. (Mário Palmério)
•a)É facultativo o uso da vírgula em orações justapostas
deste tipo:
•Quem tudo quer tudo perde./
Quem tudo quer,
tudo perde.
•B)Num sobrescrito ou envelope e no cabeçalho das
correspondências, usa-se a vírgula após elemento ou item. Ex.:
•Instituto Metodológico,
•Caixa Postal 1000,
•05050-000, São Paulo, SP
•Depois de Caixa Postal não se usa vírgula.
•BIBLIOGRAFIA:
•SAUTCHUK, Inez, Prática de Morfossintaxe, Editora Manole Ltda., SP, 2004
•KURY, Adriano da Gama, Novas lições de análise sintática, 9ª edição, Editora
Ática, SP, 2008
•SACCONI, Luiz Antonio, Nossa Gramática Completa, 29ª edição, Editora
Nova Geração, SP, 2008
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