Estudo dos termos da Oração (Período
Simples)
Os enunciados de um texto podem ser organizados sob a
forma de períodos simples ou compostos. Desde que apresentem, respectivamente,
uma única ou mais de uma. No período
composto, haverá uma relação sintática entre suas orações constituintes,
podendo ser essa relação de simples superposição uma após a outra sem nenhuma
dependência entre si, ou com variados tipos de dependência. Há dois processos básicos
de relação sintática que ocorrem em períodos compostos no qual damos o nome de coordenação subordinada e subordinação, no qual são as relações
sintáticas que ocorrem nos períodos simples. Tais relações ocorrem entre os
diversos sintagmas que constituem essas orações, tendo o verbo como centro ou
elemento fundamental dessa construção.
Toda oração deve apresentar um SV (sintagma verbal) como seu constituinte obrigatório, o mesmo não se pode dizer um outro constituinte , este de natureza gramatical e não meramente semântica: o sujeito. O sujeito é realmente uma noção gramatical e qualquer outra afirmação que se faça a seu respeito no intuito de defini-lo será de natureza semântica, sujeita a falhas. Em português as orações organizam-se mediante uma disposição dos sintagmas na cadeia falada que obedece a um determinado padrão de construção chamados de padrão sintático de construção:
Toda oração deve apresentar um SV (sintagma verbal) como seu constituinte obrigatório, o mesmo não se pode dizer um outro constituinte , este de natureza gramatical e não meramente semântica: o sujeito. O sujeito é realmente uma noção gramatical e qualquer outra afirmação que se faça a seu respeito no intuito de defini-lo será de natureza semântica, sujeita a falhas. Em português as orações organizam-se mediante uma disposição dos sintagmas na cadeia falada que obedece a um determinado padrão de construção chamados de padrão sintático de construção:
SVC
Em
que S = sujeito; V= verbo e C= Complemento
Existem modelos
de construções que podem ser expandidos ou transformados de infinitas maneiras,
inclusive re-arranjados em outra ordem: são as numerosas possibilidades de se
expressar uma ideia, por meio de enunciados mais ou menos complexos.
Estudo
do sujeito oracional
O sujeito oracional é sempre de natureza substantiva,
representado por um sintagma nominal, e depois, a de se ocupar preferentemente
a posição primeira do SVC. Assim em qualquer tipo de enunciado, podemos lançar
mão dessa dupla característica e propor um método prático de encontrar o
sujeito das orações: todo termo da oração(
não preposicionado) que poder ser substituído por um pronome reto ele(s),
ela(s), será sujeito. Após isolarmos
a oração na qual pretendemos encontrar o sujeito, basta que a transformemos
numa pergunta hipotética. A resposta, geralmente afirmativa, nos indicará o
sujeito, colocando, os termos da oração automaticamente na ordem SVC.
Caíram
do varal as roupas estendidas?
Sim, eles caíram do varal.
Segundo Sautchuk o
princípio linguístico que rege esse método prático é aquele sustentado pelo
fato de que apenas um pronome pessoal do caso reto pode substituir o sujeito da
oração, pelo fato de serem ambos de natureza substantiva (não preposicionada).
Nesse método prático deve sempre ocorrer algumas condições constantes no qual
todo termo não substituído deve sempre ser repetido na resposta, ou seja, as
respostas devem ser sempre completas, isso é importante para que se saiba
exatamente qual os elementos que de fato constituem o sujeito oracional e para
que não se confundam depois seus constituintes com os de outro termo sintático.
Vemos também que o pronome concorda sempre, em gênero e/ou número, com o
núcleo, do sujeito (núcleo do sintagma nominal); se todo sujeito expresso na
oração é sempre representado por um sintagma nominal, obviamente nenhum
sintagma preposicionado poderá ser ser sujeito; e por fim, o sujeito oracional
é sempre representado por um sintagma autônomo.
Esse método é particularmente funcional nos casos de orações construídas
em ordem inversa ao SVC e que apresentem sujeito expresso. O sujeito quando
expresso tem de ser necessariamente representado por um sintagma nominal
básico: com o determinante + o núcleo do substantivo ou por palavra
substantivada ou por pronome substantivo ─ ou expandido a partir do núcleo
substantivo e acompanhado por seus determinantes e/ou modificadores.
A posição do sujeito padrão oracional do português é sempre
a de um termo de natureza substantiva, mesmo que, no uso, nem sempre se possa
trocar o termo por um pronome correspondente,( em alguns casos pode-se optar
por qualquer demonstrativo neutro, como isso), em alguns casos o sujeito é
expresso por pronomes substantivos, como os indefinidos ou os interrogativos,
por exemplo:
Alguém
está batendo á porta?
Sim, ele(a) está batendo á porta.
Sim, ele(a) está batendo á porta.
Podemos observar que
o sujeito nas orações apresentadas não é indeterminado, o que ocorre é que os
pronomes que representam o sujeito indicam, semanticamente, algo indefinido, morfossintaticamente,
todos eles ocupam uma posição sintagmática que poderia ser preenchida por um
sintagma nominal. Tradicionalmente os sujeitos da oração são classificados como
simples,
composto, oculto (ou elíptico), indeterminado ou inexistente ( ou oração sem
sujeito). Entretanto, saber o nome de um determinado tipo de sujeito não é tão importante quanto observar as
várias possibilidades de esse termo se manifestar nas orações.
Sujeito
Simples (SS)
Ocorrerá quando
for possível trocar um sintagma nominal por um só pronome reto
Murcharam
no vaso as flores rosas e amarelas? Sim, elas murcharam no vaso.
Sujeito
Composto (SC)
Dois ou mais sintagmas nominas podem ser trocados por um
só pronome reto:
Naquela oportunidade sumiram de casa alguns objetos e lembranças queridas? Sim, eles sumiram de casa naquela oportunidade.
Sujeito
Oculto (SO) (ou elíptico ou desinencial)
É marcado na própria desinência verbal, sem ser
representado expressamente no enunciado, por um sintagma nominal. Não se troca
nenhum sintagma nominal por pronome reto, mas acrescenta-se um só pronome á
oração, justamente aquele único que pode ser articular ao verbo.
Entregaste as flores à aniversariante? Sim,tu entregaste as flores à aniversariante.
Podemos observar que em português não existe sujeito
oculto representado por um pronome de terceira pessoa do singular ou do plural,
isso só ocorre em contextos em que haja pelo menos duas orações articuladas
entre si, em um mesmo período ou não.
Sujeito
indeterminado (SI)
Ocorre quando
contextualmente o desconhecemos ou desejamos que sua identidade permaneça desconhecida,
Embora ele exista sintaticamente, não aparece expresso na oração. Neste caso, o
verbo da oração fica necessariamente apenas em 3ª pessoa do plural ou do
singular, acompanhado do pronome se.
Devemos lembrar que em relação a construções de verbos na
3ª pessoa do singular ou plural com o pronome se, há casos em que esse pronome funciona como pronome apassivador, ou
seja casos de voz passiva sintética, onde a oração pode passar facilmente
para a voz passiva analítica, indicando não ter sujeito determinado, mas
apenas estar construída em uma das possibilidades de apassivar o sujeito em
português. Neste caso, o verbo da oração deve ser necessariamente transitivo
direto ou transitivo direto e indireto.
Orações
sem Sujeito
São construções em português que correspondem àquela
ausência significativa, ou seja àquela posição S que fica vazia no padrão SVC.
São enunciados em que se diz que o verbo é impessoal, devendo permanecer sempre
na 3ª pessoa do singular. É o caso de orações em que não se substitui nenhum
sintagma nominal da oração por pronome reto e nem se acrescenta qualquer
pronome à reto e nem se acrescenta qualquer pronome à oração.
Hoje
fez muito calor em São Paulo?
Sim, hoje fez muito calor em São Paulo.
Se escrevermos uma frase, começando por qualquer
sintagma que não seja sujeito, o leitor vai lendo...lendo no aguardo de um
sintagma que assuma essa função. Observe:
· “No início da sessão, com as portas fechadas,
sem um único sussurro no ar, entre as sobras tímidas da sala...”
O enunciado vai sendo lido
(ou ouvido), sintagma após sintagma, e se fica na espera de surgir um sintagma
nominal que finalmente constituirá o apoio inicial, de um sujeito referente
textual que funcione como o tópico que será desenvolvido. A autora afirma que a
função do sujeito de uma oração ultrapassa a meramente gramatical ou sintática,
uma vez que ele pode ser usado para desempenhar pelo menos três papéis
comunicativos diferentes, estes, sim, de relevância semântica:
Referente: aquilo sobre o que se declara algo;
Tópico: função textual de
realce;
Agente: aquilo que pratica a
ação expressa pelo verbo.
Quando
se constrói uma frase com sujeito, ele estará representando o elemento ao qual
se fará um comentário, realçando esse elemento na frase e, no caso de
referir-se a um verbo que expressa ação, poderá representar também o agente
dessa ação. As orações sem sujeito em
português, podem ter por si só, a carga semântica fechada, não apresentando,
referência a um tópico/sujeito na construção frasal, ou funcionalmente como
parte de um período composto, nas indicações de tempo decorrido.
Complementos verbais e predicação
Refere-se
ao estudo da posição V, ocupada pelo verbo, seguida ou não pela posição de um
complemento (C).
Predicação
Consiste
em observar de que maneira se comporta o movimento semântico dos verbos quando
têm uma carga de sentido que se concentra em si mesmo ou que se dirige,
necessariamente, a um ou mais complementos obrigatórios. Não se pode afirmar a
que tipo de predicação pertence determinado verbo, se este não tiver sido
anteriormente “somado” a seu respectivo sujeito. Nos cados de orações sem
sujeito, basta observar isoladamente o comportamento semântico do verbo.
Verbos de Ligação (Verbos Copulativos)
São
verbos que servem para estabelecer ligação entre o sujeito e outro termo da
oração. Não têm, mesmo somados ao seu sujeito, significação completa,
podendo-se dizer que possuem 0% de carga semântica. São esvaziados de sentido, comportando –se na
oração como meros conectores. Constituem um pequeno acervo em português como: ser,
estar, parecer, continuar, permanecer, ficar, tornar-se e
alguns outros que acidentalmente em contexto específico podem ter esse
tipo de função.
Verbo Significativo
Tal
verbo detém toda um carga semântica representativa “ do mundo a nossa
volta” e, diferentemente dos
copulativos, não é vazio de significado.
Verbo Intransitivo
Verbo
que tem 100% de carga semântica (quando “somado” a seu sujeito), não havendo
necessidade, de que esse sentido receba um complemento obrigatório. Exemplo:
O sol brilhava
Verbo Transitivo (VT)
É
aquele que tem sempre uma carga semântica que pode estar parcialmente contida
nele mesmo e ser completada por um ou mais complementos obrigatórios.
·
Transitivo
direto (VTD): Quando o verbo transitivo pedir apenas um
complemento obrigatório não regido de
preposição, ou seja, um sintagma nominal de natureza substantiva. Esse
complemento, receberá o nome de objeto direto.
O
guarda-noturno disparou um tiro acidental.
·
Transitivo Indireto (VTI): Pede complemento
obrigatório regido de preposição, isto é, um sintagma preposicionado e seu
complemento será um objeto indireto.
Toda
criança precisa de carinho.
·
Transitivo Direto e Indireto (VTDI): O verbo poderá ter uma carga semântica a ser
completada por meio de dois complementos ( sempre um direto e outro indireto ou
vice-versa)
O porteiro exigiu documento (D) ao
motorista (I).
O mesmo verbo pode ser usado transitiva
ou intransitivamente, dependendo do sentido que se quis ou que se queira dar ao
enunciado.
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