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sábado, 12 de novembro de 2016



Resumo Cap. 6. SAUTCHUK, I. Prática de Morfossintaxe. São Paulo. Manole, 2010.


    Já sabemos que nada na língua funciona sozinho,ou seja,sempre serão necessários dois ou mais elementos linguísticos para que se efetue uma unidade significativa ou comunicativa.Do morfema ao texto,o que temos é sempre uma relação de unidade de nível linguístico inferior compondo outra unidade de nível superior,compondo assim uma Hierarquia Gramatical.

     
MORFEMA- PALAVRA- SINTAGMA- ORAÇÃO-TEXTO.
    
   As orações são estruturadas a partir de seus constituintes imediatos-os sintagmas-formando o que chamamos de período simples é aquele formado por um único verbo,uma unica oração e o período composto é constituído de duas ou mais orações.Este pode ser articulado por dois processos: a coordenação e a subordinação.
     








Período composto por coordenação 

   
 São orações se ligam pelo sentido, mas não existe dependência sintática entre elas. 

As orações coordenadas subdividem-se em:


Assindéticas- Não são introduzidas por conjunção.

Ex.: Trabalhou, sempre irá trabalhar. 


Sindéticas - São introduzidas por conjunção. 
Esse tipo de oração se subdivide em: 

1- Aditiva: ideia de adição, acréscimo. Principais conjunções usadas: e, nem, (não somente)... como também.

Ex.: O professor não somente elaborou exercícios como também uma extensa prova.

2- Adversativa: ideia de contraste, oposição. Principais conjunções usadas: mas, contudo, entretanto, porém...

Ex.: O professor elaborou um exercício simples, mas a prova foi bastante complexa.

3- Alternativa: ideia de alternância, exclusão. Principais conjunções usadas: quer...quer, ora...ora, ou...ou.

Ex.: Ou o professor elabora o exercício ou desiste de aplicar a prova.

4- Conclusiva: ideia de dedução, conclusão. Principais conjunções usadas: portanto, pois, logo... 

Ex.: O professor não elaborou a prova, logo não poderá aplicá-la na data planejada. 

5- Explicativa: ideia de explicação, motivo. Principais conjunções usadas: pois, porque.

Ex.: O professor não elaborou a prova, porque ficou doente.


Período composto por subordinação

   
  As orações subordinadas são assim denominadas porque exibem uma dependência sintática,isso significa que podem exercer funções sintáticas.Assim,as orações substantivas equivalem a um sintagma nominal,as adjetivas a um sintagma adjetival e as adverbiais a um sintagma adverbial,contraindo funções sintáticas autorizadas pela base ou natureza morfológica desses sintagmas.Vejamos como isso ocorre.

   Uma oração Substantiva,como o próprio nome indica,tem uma natureza morfológica substantiva e pode desempenhar as mesmas funções sintáticas que um sintagma nominal desempenharia,pois preenche os requisitos para isso.Observe:
            
                      (287)É pouco provável que os pássaros feridos sobrevivam.
                      É pouco provável a sobrevivência dos pássaros feridos.
   
    A oração em destaque equivale perfeitamente a um sintagma nominal,portanto,de natureza morfológica substantiva (núcleo sobrevivência).Usando-se o sistema pratico de analise sintática,temos:
               
                É pouco provável a sobrevivência dos pássaros feridos?    
                Sim,ela é pouco provável.
      
      O sintagma nominal funciona sintaticamente como sujeito,dentro dessa oração substantiva temos a subordinada substantiva Subjetiva,substantiva Objetiva direta,substantiva Predicativa,substantiva Apositiva,substantiva Objetiva indireta,e a substantiva Completiva Nominal.
     Já uma oração Adjetiva será representada por um sintagma adjetival,e como,tal,funcionara sempre como um modificador do núcleo de um sintagma nominal.Já vimos anteriormente,em relação ao período simples,que os sintagmas de base ou natureza adjetival podem funcionar como predicativo ou como adjunto adnominal.Relembrando:
         
          (296) A candidata,muito nervosa,resolvia uma prova complexa.
        
      O sintagma adjetival muito nervosa é autônomo e,como tal,funciona como predicativa do sujeito.O sintagma adjetival complexa é interno(mero modificador do núcleo substantivo prova do objeto direto uma prova complexa) e funciona,nesse caso,como adjunto adnominal.
     Podemos transformar ambos os sintagmas em destaque em orações subordinadas adjetivas,construindo um período composto.
              
       A candidata,que estava muito nervosa,resolvia uma prova que era complexa.
  
     Observe como,semanticamente,o sentido original do período simples se mantem,embora estilisticamente o novo período tenha ficado pior,em razão da repetição do conectivo que.A primeira oração adjetiva classifica-se como subordinada adjetiva explicativa (que funciona como um sintagma autônomo,separado por virgulas) e adjetiva restritiva(que equivale a um sintagma interno e sintaticamente componente de outro sintagma).A primeira é usada para acusar uma característica casual,imprevista,ainda que totalizadora enquanto a segunda indica sempre uma característica inerente,restita ao elemento qualificado.
     E por fim a oração Adverbial onde sua equivalência é com um sintagma de natureza e função adverbiais.Exatamente como um adjunto adverbial,as orações subordinadas adverbiais indicam um circunstancia em relação á sua oração principal.Toda circunstancia encerra uma ideia,uma condição particular ou acidental que acompanha um fato.
     Observe que podemos dizer apenas os pássaros cantam ou circunstanciar esse fato  de diferentes maneiras,usando sintagmas:
               
            Á noite os pássaros cantam sem alegria
            Em seus ninhos os pássaros cantam como tenores.

     Todos os sintagmas que ladeiam a oração central indicam uma circunstancia  e funcionam sintaticamente como adjuntos adverbiais de tempo e lugar.

     

      Orações Reduzidas.

    Neste capitulo também  temos as orações reduzidas que se apresenta sem conectivo e com o verbo numa formal nominal.
       
                                 Ex: Penso em estar preparado.
         

     Paralelismo sintático:
     
    É um mecanismo de construção de enunciados que permite não só melhorar a clareza da expressão escrita, como também acrescentar a ele um toque de pura elegância estilística.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Resumo Cap. 6. SAUTCHUK, I. Prática de Morfossintaxe. São Paulo. Manole, 2010.


ESTUDO SINTÁTICO DO PERÍODO COMPOSTO

    Como já visto nos capítulos anteriores do livro de Sautchuk nada na língua funciona sozinho, como tudo na língua em uso, temos uma dependência de dois ou mais elementos linguísticos para que seja possível a formação de uma unidade significativa ou comunicativa. Essas unidades são postas em hierarquia, ou seja, da menor parte da palavra (morfema) a parte mais significativa (o texto), essa hierarquização  das unidades linguísticas recebe o nome de Hierarquia Gramatical.

Morfema - palavra - sintagma - oração (período) - texto


    Nesse capítulo do livro de Sautchuk será abordado as relações que ocorrem no período composto, mas só para relembrar o período simples é aquele formado por uma único verbo, no texto escrito, é delimitada por uma letra inicial maiúscula e por um sinal de pontuação, que deve ser um ponto - final ou de um sinal de interrogação, exclamação ou reticências. O período composto, assunto principal desse capítulo, é aquele possuí dois ou mais verbos  formando assim, o período composto.  Este pode ser articulado por dois processos: a coordenação e a subordinação.
   O processo de coordenação, significa que as orações se sucedem igualitariamente sem que uma dependa sintaticamente das outras. Já no processo de subordinação as orações dependem uma das outras, e há nessas orações subordinadas informações que irão conter uma ideia mais relevante que outras, chamada de ORAÇÃO PRINCIPAL.

Período composto por coordenação

    No período composto por coordenação, há uma independência entre as orações pelo fato delas apresentarem-se completas, isto é, terem todos os termos sintáticos previstos na relação predicativa (ao contrário das orações complexas ou período composto por subordinação). As orações independentes vêm ligadas pelas conjunções coordenativas ou estão simplesmente justapostas, isto é, sem conectivo que as enlace.

Exemplo: "Agachou - se,/apanhou uma pedra/e atirou-a''
                                                            (Fernando Sabino)


  Há também no período composto por coordenação, orações assindéticas que são aquelas que não se iniciam por conjunções.

Exemplo:  "Inclinei - me, apanhei o embrulho e segui."
                                                    (Machado de Assis)
  • Inclinei - me: oração coordenada assindética
  • apanhei o embrulho: oração coordenada assindética
  • e segui: oração coordenada sindética aditiva 

Período composto por subordinação


    O período composto por subordinação é também visto como uma oração e/ou sintagma complexo, como define Perini (2005, p.148):

  Chamaremos sintagma complexo um sintagma que encerra, como um de seus constituintes imediatos ou mediatos, uma oração.

   Se retomarmos o conceito de oração e seus constituintes que vimos no estudo do período simples, verificaremos que em um período desse tipo as orações que correspondem às subordinadas exercem funções dos sintagmas representados por substantivos, adjetivos e advérbios.

    Nesse sentido, afirma Perini (2005, p.149):

   Em princípio, um sintagma complexo pode ocupar as mesmas funções que um sintagma simples da mesma classe. (...) Assim, um SN simples pode ser sujeito, objeto direto etc., e um SN complexo pode desempenhar exatamente as mesmas funções.

  Assim, a partir dessa noção de sintagma, podemos relacionar os grupos de orações subordinadas às funções dos sintagmas que representam. As orações substantivas têm funções exercidas pelo sintagma nominal, as adjetivas pelo sintagma adjetival e as adverbiais pelo sintagma adverbial.


 CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS

   As orações subordinadas classificam-se, de acordo com seu valor ou função, em substantivas, adjetivas e adverbiais.
  • Substantivas- têm valor e as funções próprias de do substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, etc.).
  • Adjetivas - têm o valor e função do adjetivo (adjunto adnominal).
  • Adverbiais - têm o valor e função dos advérbios (adjunto adverbial)
   Quanto à forma, as orações subordinadas podem apresentar- se desenvolvidas ou reduzidas:

  Exemplo: Peço - lhes que voltem aqui amanhã. (desenvolvida)
                  Peço - lhes voltarem aqui amanhã.  (reduzida)

    Quanto à conexão, as orações subordinadas desenvolvidas podem ser:

a) assindéticas, isto é, com conectivo (elemento de ligação)

Exemplo: Os caiapós se revoltarão, se lhes invadirmos as terras.

b) assindéticas ou justapostas, isto é, sem conectivo.

Exemplo: Ignoro quantas reses há nesta fazenda.  


ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

     Compreendem sete espécies:

  • Subjetivas - funcionam como sujeito do verbo da oração principal:
Exemplo:É necessário [que você colabore]. = [Sua colaboração] é necessária.
  • Objetivas diretas - funcionam como objeto direto do verbo da oração principal:
Exemplo: O mestre exigia [que todos estivessem presentes]. = O mestre exigia [a presença de todos.]

  • Objetivas indiretas - funcionam como objeto indireto.
Exemplo: Não me oponho [a que você viaje]. = Não me oponho [à sua viagem].
  • Predicativas  - exercem a função de predicativo do sujeito.
Exemplo: Seu receio era [que chovesse]. = Seu receio era [a chuva].
  • Completivas nominais - têm a função de complemento nominal de um substantivo ou adjetivo da oração principal.
Exemplo: Sou favorável [a que o prendam]. = Sou favorável [à prisão dele.]
  • Apositivas - servem de aposto.
Exemplo: Só desejo uma coisa: [que vivam felizes]. = [a sua felicidade].

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS 

    São introduzidos, geralmente, pelos pronomes relativos e referem - se a um termo antecedente, que pode ser um substantivo ou pronome.
    Há dois tipos de orações subordinadas adjetivas: explicativas e restritivas.

  • Explicativas - explicam ou esclarecem, à maneira de aposto, o termo antecedente, atribuindo - lhe uma qualidade que lhe é inerente ou acrescentando - lhe uma informação.
Exemplo: Deus, que é nosso pai, nos salvará.

  • Restritiva - restringem ou limitam a significação do termo antecedente, sendo indispensáveis ao sentido da frase.
Exemplo: Pedra que rola não cria limo.


ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

   As orações subordinadas adverbiais classificam - se de acordo com as conjunções que as introduzem. Portanto, podem ser:


  • Causais  - exprimem causa, motivo, razão.
Exemplo: O tambor soa porque é oco.
  • Comparativas - representam o segundo termo de uma comparação.
  • Concessivas - exprimem um fato que se concede, que se admite, em oposição ao da oração principal.
  • Condicionais -  exprimem condição, hipótese.
  • Conformativas - exprimem acordo ou conformidade de um fato com outro.
  • Consecutivas - exprimem uma consequência, um efeito ou resultado.
  • Finais - exprimem finalidade, objetivo.
  • Proporcionais - denotam proporcionalidade.
  • Temporais - indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na oração principal.
  • Modais - exprimem modo, maneira.

ORAÇÕES REDUZIDAS

    Oração reduzida é a que se apresenta sem conectivo e com o verbo numa forma nominal.
    Há três tipos de orações reduzidas:
a) de infinitivo;
b) de gerúndio;
c) de particípio.

PARALELISMO SINTÁTICO: É um mecanismo de construção de enunciados que permite não só melhorar a clareza da expressão escrita, como também acrescentar a ela um toque de pura elegância. 


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Dica de livros

Para os amantes da gramática da Língua Portuguesa, temos alguns livros para auto-estudo.


  • Análise Sintática Aplicada - Cadore & Ledur

Esse livro é recheado de conhecimentos da análise sintática. Fundamentos de concordância, regência, crase, colocação, pontuação e significado.


Este livro é resultado de uma reflexão a dois sobre o estudo e o ensino da sintaxe que vem sendo ministrado entre nós. Concluímos que, em regra, a análise sintática é ensinada como se fosse um fim em si mesma, como se nada tivesse a ver com a concordância, a regência, a crase, a colocação do pronome oblíquo e, sobretudo, com a pontuação. Estuda-se análise sintática pela simples análise sintática, e não em função da sintaxe. Um estudo assim, que não vislumbra qualquer aplicação prática, é certo, torna-se enfadonho e não alcança seus verdadeiros e importantes objetivos.



  • Dicionário de Verbos da Língua Portuguesa 
Tudo sobre verbos regulares e irregulares, auxiliares e defectivos, conjunção e regência de verbos, emprego dos modos e tempos dos verbos, exercícios sobre conjunção de verbos, relação e classificação da maioria dos verbos da Língua Portuguesa.




  • Testes de Gramática da Língua Portuguesa - Sheila Mª. Coelho Costa
Acentuação, trema, hífen, grafia, crase, adjetivos, preposições, etc.

Abrangendo todos os itens de nossa gramática, esses testes são mais um auxílio que queremos prestar, tanto aos estudantes do assunto como àqueles que se interessam a manter o seu português correto e moderno.



Estudo Sintático do Período Composto - Inez Sautchuk (Prática de Morfossintaxe - 6° Capítulo)

Estudo Sintático do Período Composto

Na língua nada funciona sozinho, isto é, do morfema ao texto, sempre temos uma relação de unidades de nível linguístico inferior compondo outra unidade de nível superior:

Morfema → palavra → sintagma → oração (período) → texto

Período simples

As orações são estruturadas a partir dos sintagmas. Uma única oração pode constituir um único período ─ o simples ─, ou um conjunto de orações pode organizar-se entre si de maneira mais ou menos dependente, contraindo entre elas relações de dependência sintática ou constituindo unidades apenas semanticamente  dependentes ─ o composto;
Há dois processos básicos de se articularem orações em um período composto: a coordenação e a subordinação, podendo haver períodos em que só ocorre um ou outro processo, ou ambos, conjuntamente.                                                                               

Segundo Sautchuk o significado de “ coordenar” e “subordinar”  orações, pressupões um paralelismo de funções e valores sintáticos idênticos entre elas. Nesse caso, não há necessidade de dar ênfase a determinada ideia ou a um conjunto de ideias em um período composto, nem de o sentido de uma oração exigir o de outra oração. 

Presumo
enquanto morei ali
que o júri não funcionou

Verifica-se a dependência sintática quando se leem as três orações separadamente umas das outras: presumo exige um complemento obrigatório ─ objeto direto, representado pela oração que o júri não funcionou, e a oração enquanto morei ali funciona como uma ideia circunstancial  presumo que o júri não funcionou, enquanto a outra oração oferece apenas uma ideia acessória. 

Oração Principal

Sempre será aquela que estará com o sentido incompleto ou semi-incompleto, necessitando de aditivos sintáticos. Dependendo da natureza morfossintática das outras orações que acompanham a oração principal, esse papel de relevância semântica será mais ou menos preponderante no conjunto. 

Orações subordinadas substantivas, adjetivas e adverbiais.


As orações subordinadas contém uma dependência sintática (além da semântica), isto é, podem exercer funções sintáticas peculiares ao tipo de sintagma que estão representados no período composto: 

Oração Subordinada

Como próprio nome indica, tem a natureza morfológica substantiva e pode desempenhar as mesmas funções sintáticas que um sintagma nominal desempenharia, pois preenche os requisitos para isso.

Subordinada Substantiva

É pouco provável que os pássaros feridos sobrevivam
É pouco provável a sobrevivência dos pássaros feridos.

Equivale a um sintagma nominal, de natureza morfológica substantiva (núcleo sobrevivente)

No período composto a oração que equivale a esse sintagma sujeito recebe o nome de Subordinada Substantiva Subjetiva.

Orações Substantivas

São introduzidas pelas conjunções integrantes que (quando o verbo indica uma certeza) ou se (quando o verbo expressa incerteza ou quando ocorre uma interrogação indireta).

Oração Adjetiva

Será representada por um sintagma adjetival e, como tal, funcionará sempre como um modificador doo núcleo do sintagma nominal. A  primeira oração adjetiva classifica-se como subordinada adjetiva explicativa, e a segunda como subordinada adjetiva restritiva.

Oração Adjetiva Explicativa: Funciona como um sintagma autônomo, separado por virgulas. É usada para acusar uma característica casual, imprevista, ainda que totalizadora

Oração Adjetiva Restritiva: Equivale a um sintagma interno e sintaticamente componente de outro sintagma. Tal oração indica sempre uma característica inerente, restrita ao elemento qualificado.

Inez Sautchuk nos afirma que as orações adjetivas são introduzidas, sempre por um pronome relativo: que, qual, o qual (a qual, os quais, as quais), cujo (cuja, cujos, cujas), quanto (quanta, quantos, quantas) e onde

Orações Adverbial

Sua equivalência é com um sintagma de natureza e função adverbiais. Exatamente como um adjunto adverbial, as orações subordinadas adverbiais indicam uma circunstância em relação à sua oração principal. Toda circunstância encerra uma ideia, uma condição particular e/ou acidental que acompanha um fato. 
Todos os sintagmas que ladeiam a oração central indicam uma circunstância e funcionam sintaticamente como adjuntos adverbiais de: tempo, lugar, causa, concessão (ou contradição), modo, comparação e finalidade. 
Para organizar nossos pensamentos por escrito, precisamos saber que tipo de conjunções ou de operadores lógicos e língua dispõe para expressá-lo adequada e eficientemente.

Operadores Discursivos

São elementos linguísticos que servem para organizar e condizer as ideias no texto, com uma amplitude maior que a dos operadores lógicos. 
São também operadores discursivos: daí, primeiramente, finalmente, de qualquer modo, assim, ainda, mais do que nunca etc.

Orações reduzidas

São estruturadas semelhantemente às orações chamadas desenvolvidas. Seu uso representa uma possibilidade a mais de construção de períodos compostos, principalmente quando se quer evitar, estilisticamente, excesso ou repetição de conectivos. 

Paralelismo sintático

É um mecanismo de construção de enunciados que permite não só melhorar a clareza da expressão como também acrescentar a ela um toque de pura elegância estilística. 
Seria sintaticamente inadequado, por exemplo, em um período composto, uma oração desenvolvida (introduzida por um conectivo) concorrer com uma reduzida, ambas “presas” a uma mesma oração principal. 
A autora afirma que a obediência  à simetria sintática de construção de frases é  marca de quem sabe manejar muito bem a sintaxe de sua língua e, consequentemente, conhece a própria língua.
Um olhar experiente consegue  com facilidade perceber o desequilíbrio de formatos sintáticos em uma frase.
É preciso cuidado redobrado com o paralelismo nas correlações de ideias, pois pode ocorrer um emprego inadequado dessas expressões.

“ O sistema linguístico põe à disposição do falante diferentes arranjos sintáticos para a expressão de relações semânticas, lógicas e argumentativas, Por mais requintado e complexo que seja seu pensamento, ele deverá procurar, no repertório de sua língua, os mecanismos sintáticos que lhe permitam exprimi-lo adequadamente. As combinações possíveis são tantas que os poetas podem queixar-se apenas da dificuldade para encontrar a expressão perfeita ─ jamais, porém, de que faltem ao sistema de sua língua recursos para socorrê-los.  A sintaxe tem sua economia interna, suas leis próprias. A essa grande senhora, sem a qual não se pode passar, recorre o homem para realizar seu fascinante jogo na armação do pensamento."  Carone (1988b:7)

domingo, 6 de novembro de 2016

As relações sintáticas de coordenação e subordinação



Capítulo 5

No capítulo 5 estudaremos as relações sintáticas de coordenação e subordinação.

As relações sintáticas de coordenação e subordinação
Para que o aluno possa compreender as relações sintáticas de coordenação e subordinação, o professor deve ensinar:
a) Os dois processos não acontecem apenas entre orações, eles também existem entre os sintagmas.
b) As orações subordinadas são constituintes de outra oração.
c) Elas correspondem a substantivos, adjetivos e advérbios.
Assim, a coordenação é uma relação entre dois ou mais termos, e um se liga ao outro.
A subordinação é uma relação de constituintes que desempenham papéis diferentes, um se liga ao outro por dependência.

Oração subordinada
Uma oração contém vários termos cada um com uma função, a básica é a do verbo, as outras vão se constituindo a partir dele.
Quando uma oração desempenha uma função sintática dentro de outra maior, é uma oração subordinada.

As orações subordinadas adjetivas
Pode-se começar a explicação para os alunos mostrando o que é uma oração adjetiva, usando exemplos que contenham papel sintático.
1-O filhote desaparecido nasceu há 15 dias.
2-O prefeito recebe uma doação surpreendente!
Leve os alunos a se concentrarem aos adjetivos propondo uma substituição por outras palavras.
(1)-O filhote desaparecido
     -O filhote desapareceu
(2)-Uma doação surpreendente
    -Uma doação que surpreendeu

As orações subordinadas adverbiais
As orações adverbiais são as que dão melhores possibilidades para se pensar sobre relações semânticas.
Essas orações estão ligadas a advérbios e locuções adverbiais, elementos linguísticos que têm funções consideradas acessórios na oração e não se constituem de sua estrutura básica nuclear.