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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

POR UM NOVO ENSINO DE GRAMÁTICA: ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS E SUGESTÕES DE ATIVIDADES: ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR - LÍNGUA PORTUGUESA. (ELÍSIA PAIXÃO DE CAMPOS)

RESENHA DO CAPÍTULO 2: CONHECIMENTOS GRAMATICAIS BÁSICOS PARA A ESCRITA

INTRODUÇÃO

    Nesse capítulo a autora discorre sobre os conhecimentos básicos que os alunos precisam saber no ensino fundamental, e esses conhecimentos básicos referem-se a nomes próprios e comuns, sílaba e tonicidade, as regras básicas e comuns de acentuação, os procedimentos de pontuação de frases, concordância nominal e verbal nos textos, alguns mecanismos de coesão e modos de referenciação da linguagem. Tais conteúdos básicos devem ser retomados e aprofundados ao longo do ensino fundamental com objetivo de aprimorar e sanar dúvidas. Esses conhecimentos básicos citados acima serão abordados nesse capítulo 2 do livro. 

2.1 - NOMES COMUNS E PRÓPRIOS
    
    Os nomes próprios e comuns segundo a autora define: o nome comum é aquele que pode ser aplicado a cada um dos elementos de um conjunto já os nomes próprios é aquele que se usa para designar particularmente e um só indivíduo.
     Mas como diz a própria autora essa definição de nomes próprios e comuns não deve ser dada aos alunos, eles devem chegar a essa definição com o desenvolver de seu raciocínio e aprendizagem.
   Para abordar e ensinar seus alunos sobre tal conteúdo o professor pode utilizar o  seguinte exercício abaixo retirado do livro ''Por um novo ensino de gramática: Orientações Didáticas e sugestões de atividades'' de Elísia Paixão Campos página 38.


   Esse estudo sobre nomes comuns e próprios deve ser reforçado e estendido pelo professor para nomes de personagens de histórias infantis, nomes de rios, cidades, estados, países, nomes de ruas e avenidas, nomes de profissões, partes do corpo, times de futebol e nomes de animais. 
     Para aprimorar ainda mais o conhecimento dos alunos sobre nomes comuns e próprios o professor pode utilizar também atividades escritas, que pode ser realizadas em sala d aula ou como lição de casa. 

2.2 - A NOÇÃO DE SÍLABA

    Desde a alfabetização as crianças já sabem o que é sílabas, um grupo de fonemas que se pronuncia numa só emissão de voz.
    Segundo Rocha (1999) as crianças gostam muito de ler; o acréscimo ou a retirada de uma letra em uma sílaba formando pares como reto/resto, remendo/tremendo, bolo/lombo ou ao contrário, claro/caro, estanca/estaca.
  Para trabalhar a percepção de sílabas nas palavras o professor pode utilizar uma sugestão de exercício retirado do livro, que pode ser realizado da seguinte forma os alunos leem, oralmente o poema e o professor escreve no quadro as palavras com letras que foram trocadas. Feito isso o professor pode propor aos alunos uma atividade escrita. 

2.3 - A CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS PELO NÚMERO DE SÍLABAS

     A autora sugere nesse tópico que o professor utilize  outra atividade para que os alunos retomem a classificação das palavras pelo número de sílabas.  Lembrando que a classificação das palavras pelo número de sílabas são: monossílabas (uma sílaba), dissílabas (duas sílabas), trissílabas (três sílabas) e polissílabas (mais de três sílabas).
   Colocaremos então um exercício que  também  foi retirado do livro de  Elísia Paixão página 44, para que o professor possa trabalhar esse assunto com os alunos. 



2.4 - A CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS PELA POSIÇÃO DE SÍLABA TÔNICA

    Uma dica para identificação de sílaba tônica que os alunos podem utilizar é pronunciar a palavra em voz alta, a sílaba que é dita com maior inflexão de voz e denominada sílaba tônica. Por exemplo quando se grita a palavra fazendo um chamamento como em meniiiina, Rauuuul, péééérola, caloor é possível perceber as sílabas mais fortes, as sílabas tônicas. 
   Para nós futuros  professores ensinar os alunos sobre sílaba tônica a autora sugere o seguinte desenvolvimento: o professor pede aos alunos que prestem atenção na pronúncia de um grupo de palavras (já escritas no quadro) e rentem descobrir qual sílaba, em cada uma delas, é falada mais forte.
    O professor pode ainda usar a seguinte estratégia : pedir aos alunos que pronunciem em voz alta as palavras, acentuando um pouco mais a pronúncia da tônica como em caderno, papel, hisria, plástico. Em ambas as atividades é importante que o professor crie condições linguísticas necessárias para os alunos aprenderem a pensar sobre a língua.
    Um exemplo de exercício que o professor pode utilizar é o que se segue abaixo, retirado do livro, página 51. 


2.5 - A  ACENTUAÇÃO

    Segundo o professor Adriano da Gama Kury (1982) a acentuação gráfica em nossa língua reinventa-se pelos princípios da simplicidade e da clareza.
     No princípio da simplicidade, a acentuação gráfica deve-se aplicar ao menor número de palavras, já no princípio da clareza acentua-se um palavra quando é necessário indicar com clareza sua pronúncia, e consequentemente seus significados.
    A maioria das das palavras da nossa língua são paroxítonas, com terminação com vogais -a, -e, -o e por isso não tem sua sílaba tônica acentuada, como por exemplo em porta, parente, cotovelo, já as oxítonas terminadas nas mesmas vogais -a, -e,-o são minoria e por isso recebem acento, tais como  em jacarandá, café, lê, avô, pó.
    Em relação aos acentos agudos (´) e circunflexo (^) eles são utilizados para marcar o timbre aberto e fechado das vogais tônicas, sejam as palavras oxítonas ou proparoxítonas como em vovó, vovô, vô,vó. pétala, pêssego.
    A escolha da utilização de um acento ou outro é feita com base na pronúncia correta da palavra, preservando o princípio de clareza. 
   No uso dos sinais de acentuação deve-se levar em consideração dois aspectos: o primeiro a conformidade do uso em relação a posição da sílaba das palavras e a segunda a frequência com que elas são usadas na escrita do aluno.
  Para a autora a aprendizagem dos alunos sobre as convenções da língua escrita, como é usada a acentuação das palavras, devem ser realizadas por meio das seguintes ações:
  • a observação do uso que é feito nos textos;
  • a reflexão sobre o uso, com objetivo de tirar conclusões a respeito das normas convencionadas;
  • a aplicação do conhecimento adquirido na escrita dos próprios textos;
  • e, por fim, a revisão do que foi escrito com o objetivo de melhorar o texto.
    O exercício abaixo foi retirado do livro como uma sugestão,  que o professor  pode utilizar para trabalhar a acentuação das palavras .

    2.6 - A PONTUAÇÃO

    Para o estudo da pontuação o professor deve utilizar como instrumento principal, o texto escrito, pois  através do texto ele pode ensinar os alunos sobre o ensino/ aprendizagem da gramática.
  Uma das atividades sugeridas pela autora no livro, para que os alunos apliquem na prática seus conhecimentos sobre o uso de sinais de pontuação é a produção escrita de textos com vários gêneros textuais, como a produção de quadrinhos para narrativa ou de um discurso indireto para o discurso direto.

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