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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Resenha Capítulo 4 - Práticas de Morfossintaxe – Inez Sautchuk


Capítulo 4

Estudo dos termos da oração (período simples)
Os enunciados de um texto qualquer podem ser organizados sob a forma de períodos simples ou compostos, desde que apresentem, respectivamente, uma única oração ou mais de uma. Quando o período é composto, haverá também uma relação sintática entre suas orações constituintes. Essa relação pode ser de simples superposição uma oração após a outra, sem nenhuma dependência sintática entre si, ou com variados tipos de dependência.
A esses dois processos básicos de relação sintática que ocorrem em períodos compostos damos os nomes de coordenação e subordinação. As relações sintáticas que ocorrem nos períodos simples, ocorrem entre os diversos sintagmas que constituem essas orações, tendo o verbo como centro ou elemento fundamental dessa construção.
Se toda oração deve necessariamente apresentar um sintagma verbal como seu constituinte obrigatório, o mesmo não se pode dizer de outro constituinte, este de natureza gramatical e não meramente semântica: o sujeito. O SUJEITO de uma oração é uma noção gramatical – uma função sintática – que está muito além de ser entendida de uma maneira apenas ou predominantemente semântica, como tem ocorrido. Considerá-lo termo essencial da oração já apresenta uma série de “exceções”, pois, como se sabe, há inúmeros casos de orações sem sujeito em português.
Dizer também que sujeito da oração é o termo sobre o qual se afirma ou se declara algo pode até significar que não se declara coisa alguma, visto que não há termo ao qual a declaração seja dirigida ou que se afirma algo sobre o tempo, sobre a comida ou sobre as horas.
Da mesma forma, há quem diga que sujeito é aquele que pratica a ação expressa pelo verbo, o que em uma oração, pode levar o pobre usuário da língua à loucura, pois o sujeito não pratica ação nenhuma, ou pode fazê-lo perguntar por que não teria sujeito, uma vez que o verbo não expressa ação.
As tentativas tradicionais de caracterizar o sujeito da oração são baseadas em considerações de natureza semântica, isto é, na necessidade de saber o significado (subjetivamente oscilante) do que seria essencial, do que é declarar, do que é ação. Também de uma forma subjetiva seria impossível entender por que em uma oração como alguém quebrou o vaso o sujeito não é indeterminado e por que em quebraram o vaso o sujeito é indeterminado e não oculto.
Ainda muito usado em livros didáticos: para descobrir o sujeito, pergunte “quem? ” ou “o quê?” para o verbo da oração. Entre outras falhas, esse mecanismo “prático” só funciona quando o sujeito da oração é tão óbvio que a pergunta nem precisaria ser feita. Além disso, o método leva a confusões fatais, pois, para descobrir o objeto direto da oração, também se aconselha perguntar “o quê?” ao verbo.
É necessário estudar o SUJEITO da oração além de uma definição semântica, examinando-o primeiro sob uma perspectiva predominantemente morfossintática, quando se observam sua base morfológica e sua função no eixo sintagmático. A partir disso é que se podem tecer considerações quanto a “o que ele significa”, necessariamente dependentes do papel que esse sujeito desempenha em um contexto textual.
As orações em português organizam-se mediante uma disposição dos sintagmas na cadeia falada que obedece a um padrão de construção, que podemos agora chamar de padrão sintático de construção:
SVC (S= sujeito; V= verbo e C= complemento)
Esses modelos de construções podem ser expandidos ou transformados de incontáveis maneiras, inclusive rearranjados em outra ordem: são as inúmeras possibilidades de se expressar uma ideia em Língua Portuguesa, por meio de enunciados mais simples ou mais complexos.

Estudo do sujeito da oração
A característica morfossintática definitiva do SUJEITO da oração é a de ser sempre de natureza substantiva, representando, portanto, por um sintagma nominal, e, depois a de ocupar preferencialmente a primeira posição do SVC. Assim, em qualquer tipo de enunciado, podemos lançar mão dessa dupla característica e propor um método prático de identificação do sujeito das orações: todo termo da oração (não preposicionado) que puder ser substituído por um pronome reto (ele, ela) será sujeito.
O princípio linguístico que rege esse método prático é aquele sustentado pelo fato de que somente um pronome pessoal do caso reto pode substituir o sujeito da oração, por serem ambos de natureza substantiva (não preposicionada).
Devem ocorrer algumas condições constantes:
- todo termo não submetido deve sempre ser repetido na resposta, isto é, as respostas devem ser sempre completas;
- o pronome reto concorda, em gênero e/ou número, com o núcleo do sujeito;
- se todo sujeito expresso na oração é sempre representado por um sintagma nominal, obviamente nenhum sintagma preposicionado poderá ser sujeito;
- o sujeito da oração é sempre representado por um sintagma autônomo.
Esse método é particularmente funcional nos casos de orações construídas em ordem inversa ao SVC e que apresentem sujeito expresso. O sujeito, quando explícito na oração, tem de ser necessariamente um sintagma nominal:
- com determinante+ núcleo substantivo;
- representado por palavra substantivada;
- representado por pronome substantivo;
- expandido a partir do núcleo substantivo e acompanhado por seus determinantes e/ou modificadores.
O importante é ressaltar que a posição do sujeito no padrão oracional do português é sempre a de um termo de natureza substantiva, mesmo que, nessa estratégia de identificação, nem sempre seja possível trocar o termo por um pronome reto correspondente, em razão do uso na língua, mas se possa fazê-lo por outro pronome substantivo equivalente, como isso.
É tradicional classificar o sujeito da oração como simples, composto, oculto (ou elíptico), indeterminado ou inexistente (ou oração sem sujeito). Independentemente da nomenclatura de classificação, exemplos desses casos possibilitam como o método prático também funciona com eles. Saber o nome de um determinado tipo de sujeito não é tão importante quanto observar as várias possibilidades de esse termo se manifestar nas orações.
Assim, o caso de SUJEITO SIMPLES (SS) ocorrerá quando for possível trocar um sintagma nominal (com um só núcleo substantivo) por um só pronome reto.
Já no caso do SUJEITO COMPOSTO (SC), dois ou mais sintagmas nominais (com os respectivos núcleos substantivos) podem ser trocados por um só pronome reto.
O SUJEITO OCULTO (SO) (ou elíptico ou desinencial) é aquele marcado na própria desinência verbal, sem ser representado expressamente no enunciado por um sintagma nominal. Nesse caso, em nosso método prático, não se troca nenhum sintagma nominal por pronome reto, mas acrescenta-se um só pronome à oração, justamente aquele único que pode se articular ao seu verbo.
Os casos de SUJEITO INDETERMINADO (SI) são um pouco mais complexos, mas o método prático funciona igualmente bem como eles. Lançamos mão de enunciados com sujeito indeterminado quando contextualmente o desconhecemos ou desejamos que sua identidade permaneça desconhecida. Embora ela exista sintaticamente, não aparece expresso na oração. Nesse caso, o verbo da oração fica necessariamente apenas em 3ª pessoa do plural ou do singular, acompanhado do pronome se.
Em relação a construções de verbos em 3ª pessoa do singular ou do plural com o pronome se, não podem se esquecer os casos em que esse pronome funciona como pronome apassivador, ou seja, os casos de voz passiva sintética. Nesse tipo de construção, a oração pode passar facilmente para a voz passiva analítica, indicando não ter um sujeito indeterminado, mas apenas estar construída em uma das possibilidades de apassivar o sujeito em português.
Finalmente, há o caso das ORAÇÕES SEM SUJEITO, em que se costuma nomear o sujeito de inexistente, o que nos parece um tanto incoerente. Entretanto, são construções em português que correspondem àquela ausência significativa, isto é, àquela posição S que fica vazia no padrão SVC. São enunciados em que se diz que o verbo é impessoal, devendo permanecer quase sempre na 3ª pessoa do singular.
A função gramatical (sintática0 do sujeito da oração, quando expresso por meio de um sintagma nominal ou omitido na forma oculta ou indeterminada, é útil e necessária para desempenhar papéis comunicativo-textuais muito importantes. Se escrevermos uma frase, começando por qualquer sintagma que não seja sujeito, é possível observar como o leitor vai lendo...lendo no aguardo de um sintagma que assuma essa função.
Na verdade, a função do sujeito em uma oração ultrapassa a meramente gramatical ou sintática, uma vez que ele pode ser usado para desempenhar pelo menos três papéis comunicativos diferentes, estes, sim, de relevância semântica:
- referente: aquilo sobre o que se declara algo;
- tópico: função textual de realce;
- agente: aquilo que pratica a ação expressa pelo verbo.
Isso significa que, quando se constrói uma frase com sujeito, ele estará representando o elemento ao qual se fará um comentário, realçando esse elemento na frase e, no caso de referir-se a um verbo que expressa ação, poderá representar também o agente dessa ação.

As orações sem sujeito em português, por sua vez, podem ter, por si só, carga semântica fechada, não apresentando, portanto, referência a um tópico/sujeito na construção frasal ou funcional como parte de um período composto, mas indicações de um tempo decorrido.

Camila Menezes Maia RA C495492
Letras - 4º Semestre - Turma LL4P48

POR UM NOVO ENSINO DE GRAMÁTICA: ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS E SUGESTÕES DE ATIVIDADES: ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR - LÍNGUA PORTUGUESA. (ELÍSIA PAIXÃO DE CAMPOS)

RESENHA DO CAPÍTULO 2: CONHECIMENTOS GRAMATICAIS BÁSICOS PARA A ESCRITA

INTRODUÇÃO

    Nesse capítulo a autora discorre sobre os conhecimentos básicos que os alunos precisam saber no ensino fundamental, e esses conhecimentos básicos referem-se a nomes próprios e comuns, sílaba e tonicidade, as regras básicas e comuns de acentuação, os procedimentos de pontuação de frases, concordância nominal e verbal nos textos, alguns mecanismos de coesão e modos de referenciação da linguagem. Tais conteúdos básicos devem ser retomados e aprofundados ao longo do ensino fundamental com objetivo de aprimorar e sanar dúvidas. Esses conhecimentos básicos citados acima serão abordados nesse capítulo 2 do livro. 

2.1 - NOMES COMUNS E PRÓPRIOS
    
    Os nomes próprios e comuns segundo a autora define: o nome comum é aquele que pode ser aplicado a cada um dos elementos de um conjunto já os nomes próprios é aquele que se usa para designar particularmente e um só indivíduo.
     Mas como diz a própria autora essa definição de nomes próprios e comuns não deve ser dada aos alunos, eles devem chegar a essa definição com o desenvolver de seu raciocínio e aprendizagem.
   Para abordar e ensinar seus alunos sobre tal conteúdo o professor pode utilizar o  seguinte exercício abaixo retirado do livro ''Por um novo ensino de gramática: Orientações Didáticas e sugestões de atividades'' de Elísia Paixão Campos página 38.


   Esse estudo sobre nomes comuns e próprios deve ser reforçado e estendido pelo professor para nomes de personagens de histórias infantis, nomes de rios, cidades, estados, países, nomes de ruas e avenidas, nomes de profissões, partes do corpo, times de futebol e nomes de animais. 
     Para aprimorar ainda mais o conhecimento dos alunos sobre nomes comuns e próprios o professor pode utilizar também atividades escritas, que pode ser realizadas em sala d aula ou como lição de casa. 

2.2 - A NOÇÃO DE SÍLABA

    Desde a alfabetização as crianças já sabem o que é sílabas, um grupo de fonemas que se pronuncia numa só emissão de voz.
    Segundo Rocha (1999) as crianças gostam muito de ler; o acréscimo ou a retirada de uma letra em uma sílaba formando pares como reto/resto, remendo/tremendo, bolo/lombo ou ao contrário, claro/caro, estanca/estaca.
  Para trabalhar a percepção de sílabas nas palavras o professor pode utilizar uma sugestão de exercício retirado do livro, que pode ser realizado da seguinte forma os alunos leem, oralmente o poema e o professor escreve no quadro as palavras com letras que foram trocadas. Feito isso o professor pode propor aos alunos uma atividade escrita. 

2.3 - A CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS PELO NÚMERO DE SÍLABAS

     A autora sugere nesse tópico que o professor utilize  outra atividade para que os alunos retomem a classificação das palavras pelo número de sílabas.  Lembrando que a classificação das palavras pelo número de sílabas são: monossílabas (uma sílaba), dissílabas (duas sílabas), trissílabas (três sílabas) e polissílabas (mais de três sílabas).
   Colocaremos então um exercício que  também  foi retirado do livro de  Elísia Paixão página 44, para que o professor possa trabalhar esse assunto com os alunos. 



2.4 - A CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS PELA POSIÇÃO DE SÍLABA TÔNICA

    Uma dica para identificação de sílaba tônica que os alunos podem utilizar é pronunciar a palavra em voz alta, a sílaba que é dita com maior inflexão de voz e denominada sílaba tônica. Por exemplo quando se grita a palavra fazendo um chamamento como em meniiiina, Rauuuul, péééérola, caloor é possível perceber as sílabas mais fortes, as sílabas tônicas. 
   Para nós futuros  professores ensinar os alunos sobre sílaba tônica a autora sugere o seguinte desenvolvimento: o professor pede aos alunos que prestem atenção na pronúncia de um grupo de palavras (já escritas no quadro) e rentem descobrir qual sílaba, em cada uma delas, é falada mais forte.
    O professor pode ainda usar a seguinte estratégia : pedir aos alunos que pronunciem em voz alta as palavras, acentuando um pouco mais a pronúncia da tônica como em caderno, papel, hisria, plástico. Em ambas as atividades é importante que o professor crie condições linguísticas necessárias para os alunos aprenderem a pensar sobre a língua.
    Um exemplo de exercício que o professor pode utilizar é o que se segue abaixo, retirado do livro, página 51. 


2.5 - A  ACENTUAÇÃO

    Segundo o professor Adriano da Gama Kury (1982) a acentuação gráfica em nossa língua reinventa-se pelos princípios da simplicidade e da clareza.
     No princípio da simplicidade, a acentuação gráfica deve-se aplicar ao menor número de palavras, já no princípio da clareza acentua-se um palavra quando é necessário indicar com clareza sua pronúncia, e consequentemente seus significados.
    A maioria das das palavras da nossa língua são paroxítonas, com terminação com vogais -a, -e, -o e por isso não tem sua sílaba tônica acentuada, como por exemplo em porta, parente, cotovelo, já as oxítonas terminadas nas mesmas vogais -a, -e,-o são minoria e por isso recebem acento, tais como  em jacarandá, café, lê, avô, pó.
    Em relação aos acentos agudos (´) e circunflexo (^) eles são utilizados para marcar o timbre aberto e fechado das vogais tônicas, sejam as palavras oxítonas ou proparoxítonas como em vovó, vovô, vô,vó. pétala, pêssego.
    A escolha da utilização de um acento ou outro é feita com base na pronúncia correta da palavra, preservando o princípio de clareza. 
   No uso dos sinais de acentuação deve-se levar em consideração dois aspectos: o primeiro a conformidade do uso em relação a posição da sílaba das palavras e a segunda a frequência com que elas são usadas na escrita do aluno.
  Para a autora a aprendizagem dos alunos sobre as convenções da língua escrita, como é usada a acentuação das palavras, devem ser realizadas por meio das seguintes ações:
  • a observação do uso que é feito nos textos;
  • a reflexão sobre o uso, com objetivo de tirar conclusões a respeito das normas convencionadas;
  • a aplicação do conhecimento adquirido na escrita dos próprios textos;
  • e, por fim, a revisão do que foi escrito com o objetivo de melhorar o texto.
    O exercício abaixo foi retirado do livro como uma sugestão,  que o professor  pode utilizar para trabalhar a acentuação das palavras .

    2.6 - A PONTUAÇÃO

    Para o estudo da pontuação o professor deve utilizar como instrumento principal, o texto escrito, pois  através do texto ele pode ensinar os alunos sobre o ensino/ aprendizagem da gramática.
  Uma das atividades sugeridas pela autora no livro, para que os alunos apliquem na prática seus conhecimentos sobre o uso de sinais de pontuação é a produção escrita de textos com vários gêneros textuais, como a produção de quadrinhos para narrativa ou de um discurso indireto para o discurso direto.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

POR UM NOVO ENSINO DE GRAMÁTICA: ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS E SUGESTÕES DE ATIVIDADES: ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR - LÍNGUA PORTUGUESA. (ELÍSIA PAIXÃO DE CAMPOS)



INTRODUÇÃO

   A introdução dá indícios de a autora buscar trabalhar o ensino da gramática, e de como aplicar aos alunos, falando de seus respectivos capítulos, mas com foco na maneira de como ensinar a gramática.
     A importância de um texto (e não apenas uma frase) para dar contexto ao conteúdo gramatical estudado. Com a gramática normativa precisa ser trabalhada em sua totalidade (sem separações de funções e/ou conteúdos). 
    Também a importância de dar referencias linguísticas ao uso social da gramática. Para assim poder trabalhar a normativa em sua função escrita e oral para fixação.

CAPÍTULO 1: O ENSINO - APRENDIZAGEM DA GRAMÁTICA

     A primeira parte do capítulo 1 fala sobre o conhecimento social linguístico que o falante possuí, e que a escola deve desenvolver essa habilidade do aluno, que é o uso adequado da língua as diferentes situações, para interação com os outros (Luíz Travaglia).
    O problema no ensino da gramática está na metodologia de repetição mecânica de informações, e alheia ao uso que os falantes fazem da língua.
    Mas devemos entender que trabalhar a gramática, tem uma importância que não é pequena, porque ajuda o aluno a desenvolver uma capacidade cognitiva se o estudo da gramática for bem organizado.


1.1 - OBJETIVOS DO ENSINO DA GRAMÁTICA

      Esses objetivos geralmente assumidos como principais são três: um de ordem prática, outro de ordem cultural e desenvolvedor e outro de habilidade cognitiva.
      O primeiro de ordem prática, deve aprimorar a competência do aluno no uso da língua nas modalidades oral e escrita e pode ser aprendido através das noções de nomes (ou substantivos)  comuns e próprios para orientar no uso das letras maísculas e minúsculas na escrita. 
     O segundo deve propiciar conhecimentos a respeito de um dos elementos formadores de identidade cultural do brasileiro, a língua portuguesa.  Língua como sistema histórico.
   E o terceiro é para desenvolver habilidades cognitivas do aluno (apropriação de conhecimentos) pela reflexão. O estudo da gramática pode ser um instrumento para exercitar o raciocínio e a observação.

1.2 - O PROFESSOR, AGENTE DE TRANSFORMAÇÕES DO ENSINO 
      
     O professor deve saber primeiro da sua importância como agente de transformação, pois sua atuação é determinante para o sucesso de ensino.
    O professor também precisa respeitar a imagem do aluno, com quem convive e deve ensinar o português.
     Para que o diálogo entre ensino (professor) e aprendizagem (aluno) seja produtivo, é preciso boa vontade do aluno, ouvindo - o atentamente.
   E no espaço de interlocução, do pensamento em conjunto, que se assegura a aprendizagem.  

1.3 - CONCEPÇÕES SOBRE A LÍNGUA E LINGUAGEM

    Língua é usada para designar o sistema que, constituído por palavras, expressões e regras que combinam essas unidades em frases e textos é utilizado por um povo como seu principal meio de comunicação.
     Linguagem, por sua vez, é usada para indicar a faculdade humana de utilizar signos para expressar ideias, sentimentos e percepções. Linguagem verbal, musical, e de sinais por exemplo. 

1.4 - CONCEPÇÕES SOBRE  A GRAMÁTICA
       
      O termo "gramática", como tem sido destacado por diversos autores, é polissêmico. "É um conjunto de regras que presidem o funcionamento da língua".
      "Seu objetivo nesse caso, é apresentar um registro geral das regras que são realmente seguidas pelos falantes". 
       "Numa terceira concepção, o conjunto de regras pode se referir à descrição do conhecimento que o falante tem da língua e a gramática, neste caso, é chamada de internalizada, normativa, descritiva e internalizada.

1.5 - CARACTERÍSTICAS DO ENSINO DA GRAMÁTICA
    
      Ele deve levar em conta a relação com as outras variedades, tanto orais como escritas da língua.
      O erro é inadequado para se referir a qualquer variedade linguística.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Livro de apoio para o ensino da gramática:

Ensino da gramática.
Opressão? Liberdade?


O autor inicia sua obra apontando três ordens de crises independentes da escola para o problema dos usos da oralidade e escrita, mas que acabam tendo relação com ela e deságua na ação da mesma, a primeira crise é na ordem institucional, ou seja, na própria sociedade privilegiando o coloquial, o espontâneo e expressivo. A segunda crise é na universidade que são apresentadas ora paralelas, ora conflitivamente. A terceira crise é na própria escola onde são feitas as distinções às variações de gramáticas dando atenção para algumas escolhidas por professores.


A obra ressalta a fracassada tentativa de mudança chamada “tradicionalismo”, onde após várias pesquisas na linguística e na educação, foram constatadas graves falhas que prejudicaram o ensino de Língua Portuguesa atrás dos recursos de didáticos, que foram produzidos causando efeitos desastrosos ao seguir esse modelo de ensino que privilegiava a linguagem coloquial e ia contra a gramática em sala de aula. Desta forma, teve como resultado a sua abolição por professores e até sistemas estaduais de ensino na década de 60.


Enfatiza também o papel do professor de língua materna impondo a sua missão de transformar seu aluno num poliglota dentro da sua própria língua, possibilitando-lhe escolher a língua funcional adequada a cada momento de suas necessidades, tanto no convívio escolar quanto no convívio social.


Bechara defende o ensino da gramática normativa, possibilitando o falante a optar, no exercício da linguagem, pela linguagem funcional que mais lhe convém à expressão.


Destaca muito bem o ponto primeiro de distinguir a educação linguística aqui proposta da tradicional. Ele faz crítica ao currículo tradicional que põe em execução com vistas à educação linguística que se mostra em geral na prática, antieconômica, banal, imatura e por isso mesmo improdutiva.


Fala da escola como um todo harmônico e cada matéria como um componente desta orquestra, ou seja, cada professor de língua como alvo principal e essencial a cultura integral dos educandos. 


Em termos gerais ele destaca que o objetivo principal e essencial da escola consiste na formação, aperfeiçoamento e controle das diversas competências linguísticas do aluno e distingue dois tipos de competência linguística: competência da descodificação (ou receptiva); competência da produção linguística (ou ativa).


Fala também que a escola deverá ensinar aos alunos a estratégia do ouvir, permitindo-lhes assumir uma atitude de concentração nos pontos mais importantes da informação, uma atitude de seleção e hierarquização dos aspectos substantivos e adjetivos da mensagem, bem como saber avaliar os procedimentos de argumentação da pessoa com quem falam. Igual atenção deverá merecer da escola o ensino da leitura, da redação e da aula de gramática. Frisando que a gramática não se confunde com a linguística, tendo em vista os principais objetivos de cada uma.


Em relação à formação de professores, ele toca em alguns pontos que considera neurológicos, ou seja, intensamente dolorosos para um melhor desempenho dos professores egressos dos cursos superiores de Letras.


Ele fala sobre a linguística e disciplinas afins que sem dúvida carreiam elementos imprescindíveis e indispensáveis à formação do professor de língua portuguesa, mas não pretende substituir esse professor pelo professor de Linguística ou de teoria da Comunicação, por exemplo.


Outro ponto que ele chama atenção são os cursos de formação de professores de Língua Portuguesa, que diz respeito aos procedimentos pedagógicos a serem utilizados em sala de aula. Pouco aproveita os profundos conhecimentos teóricos que eles venham a ter de sua disciplina, se lhe faltam as condições mínimas do saber didático-pedagógico que lhes permitam desvendar ao aluno os segredos dessa ciência.


"Ensino da gramática. Opressão? Liberdade?" é voltada para professores de Língua Portuguesa que devem ter um posicionamento mais aberto em relação ao uso das modalidades de ensino referente à didática do uso da língua, pois o autor invés de lançar críticas aos métodos que são a norma culta e a forma coloquial, ele orienta o professor a utilizar as duas modalidades de ensino, dando a cada uma o seu devido posicionamento e mostrando o modo adequado para cada situação sem oprimir o uso dessas práticas de ensino.


Bechara retrata suas ideias de modo objetivo e formal sendo claro, expondo o uso da linguagem de maneira simplificada, mostrando para o leitor a importância do aprendizado da gramática sem opressão, destacando também a compreensão de que o falante deve fazer uso de várias formas de comunicação, sendo esse assim ele, um poliglota na sua própria língua, produtor de discursos variados capaz de compreender diferentes línguas.


Bibliografia: ANTONIO, Carlos. Letra Seis - Resenha de Gramática.  2013. Disponível em: http://galeratelematica.blogspot.com.br/2013/10/resenha-ensino-de-gramatica-opressao.html
Acesso em: 15/09/2016.

BECHARA, Evanildo. Ensino da gramática. Opressão? Liberdade?. Editora Ática. 5ª edição. São Paulo. 1991.


Opiniões pessoais e compreensão do texto por parte do grupo


É importante ressaltar que nós, estudantes de Letras, devemos dar maior atenção ao ensino de gramática aos nossos futuros alunos. 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais nos proporcionam uma gama de conteúdos propostos para os professores. Entretanto, existe uma notável defasagem de professores dispostos a ensinar gramática. Mas por quê?
O fato é que a realidade das escolas  brasileiras é outra. As diretrizes da PCN não estão sendo correspondidas devido a divergência entre alunos e professores.
Tal divergência acontece porque os alunos tem maior dificuldade para aprender a matéria proposta á eles, que são planejadas e aplicadas por professores despreparados e incapazes de ensinar uma gramática plena e consistente.
É preciso repensar o modo de aplicação do ensino da matéria e, desde já, preparar-se e empenhar-se para dispor aos alunos uma diversidade de métodos de ensino-aprendizagem que sejam completos e com carga informacional suficiente para formar os alunos.
Este livro trata exatamente sobre isso, a defasagem dos professores e de seus educandos.

Recomenda-se a leitura do livro e de artigos relacionados ao ensino da gramática para maior aprofundamento no assunto.

Boas pesquisas e bons estudos, colegas!


Morfossintaxe - Introdução



A Morfossintaxe é a análise feita às orações em termos morfológicos e em termos sintáticos. Recorde-se que:
  • análise morfológica analisa as palavras de uma oração individualmente, ou seja, independentemente da sua ligação com as outras palavras.
  • análise sintática, por sua vez, analisa conjuntamente a relação das palavras de uma oração, ou seja, a função que as palavras desempenham na sua formação.

Análise Morfológica

Analisa, individualmente, as classes de palavras, que são: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
Exemplo: Utilizamos a água sem desperdício.
  • Utilizamos - 3.ª pessoa do plural do verbo utilizar, conjugado no presente do indicativo, voz ativa.
  • água - substantivo comum.
  • a - artigo definido.
  • sem - preposição essencial.
  • desperdício - substantivo abstrato.

Análise Sintática

Estuda a função e a ligação dos termos da oração. Esses termos são: sujeito, predicado, complemento verbal, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto.
Exemplo: Utilizamos água sem desperdício.
  • (Nós) - sujeito oculto.
  • Utilizamos - verbo transitivo direto e indireto.
  • a água - objeto direto. Água é o núcleo do objeto.
  • sem desperdício - objeto indireto. Desperdício é o núcleo do objeto.

Na imagem abaixo é possível ilustrar melhor a análise feitas nas orações. 

Morfossintaxe

Para aprofundar o estudo em análise morfológica e análise sintática, cliquem nos links de cada uma.


Bibliografia: https://www.todamateria.com.br/morfossintaxe/
Acesso em: 16/09/2016.


Bons estudos, colegas!